[Resenha]: A Ilha do autor Joshua Rubberman - Editora Pandorga


Hoje eu estou inaugurando a Coluna Resenhas com o livro “A Ilha” que foi lançado pela Editora Pandorga em 2014. 

Para quem não sabe, o livro foi escrito por Adriano Emilio de Sousa, sob o pseudônimo de Joshua Rubberman, que por curiosidade é o nome de um dos personagens do enredo.  

Escolhi esse livro para colocar na bolsa, é o tipo de leitura que eu separo para ler apenas no percurso que faço até o trabalho, nas filas de mercado e banco, e na espera em consultórios médicos. 

Título: A Ilha / Autor: Joshua Rubberman / Editora: Pandorga / Páginas: 192 / Avaliação: 3/5


Sinopse: Um naufrágio... vários mortos, um sobrevivente. Um homem solitário segue vagando pela terra firme onde o mar o levou. Desesperado em encontrar um rosto conhecido, inicia uma busca, mas, não encontra ninguém familiar, para sua surpresa, encontra uma mulher, Sara, e ela se torna sua companheira naquele paraíso desconhecido, e assim, seguem por dias e dias, sozinhos alheios ao mundo que existe além da ilha. O tempo passa e com a solidão vem a carência e da intimidade nasce e ele se permite, em meio do nada, viver intensamente aquele novo amor, só os dois o inicio de uma nova vida, como se nascessem novamente, como se a vida tivesse lhes dado uma nova oportunidade. Mas ele precisa voltar, precisa retomar sua vida antiga, isso significa deixar para trás sua vida nova, seu novo amor, mas, uma duvida segue em sua mente vai valer a pena voltar? Descubra lendo 'A Ilha'!!!



Eduardo abre os olhos com muita dificuldade. Demora um pouco para conter a dor e conseguir se levantar. Ainda desorientado, custou a compreender que tinha sofrido um acidente de barco. A primeira reação foi procurar por Elise, sua noiva. Não conseguiu encontrar ninguém. 

Ele não desiste. Enquanto busca meios para sobreviver, explora todo o terreno. Mas não demora muito para descobrir o que aconteceu aos outros e percebe a sorte que teve. Foi quando ela apareceu. Mas não era Elise. Era Sara. Por um momento ele ficou triste por não ser sua noiva, mas depois se sentiu grato por ter mais alguém com ele.

“Corro na direção da desformada barraca: - Elise!, grito, e debaixo da lona amarela surge uma bela mulher, longos cabelos e olhos castanhos, que me corrige: - Não me chamo Elise, sou Sara.”

A proximidade e o isolamento contribuíram para que a condição de sobrevivente de Eduardo e Sara fosse deixada para trás. A cada dia se envolviam mais e acabaram construindo uma vida na Ilha. Apesar da esperança de um dia voltarem para casa não esmorecer.  Meses se passaram até finalmente serem resgatados. 

O livro é bem curtinho, tem um tamanho menor do que o padrão e as letras são muito confortáveis, tornando a leitura mais fácil e bem rápida.

Mas confesso que demorei a me acostumar com a escrita do autor. Seu texto raramente tem algum diálogo e quando acontece é muito básico e se limita a pouquíssimas falas. Em alguns casos, vamos encontrar apenas duas. 

Além disso, ele é muito direto e objetivo ao expor seus argumentos. Minha impressão foi a de estar lendo um texto jornalístico, isso contribuiu para que eu me distanciasse dos personagens, não consegui ter empatia por nenhum deles. 

Mas o final do livro trás uma reviravolta muito grande. Não é uma ideia nova, já vimos acontecer em outros enredos. Mas o autor a desenvolveu de uma forma com que o leitor nunca fosse suspeitar.

E foi nesse momento que eu entendi a mensagem que ele queria passar e percebi que ele foi assertivo na escolha do título, pois a ilha representou o divisor de águas na vida do personagem.

A luta que ele travou no inicio pelos sentimentos que Sara despertou nele, foi mais por culpa do que por dúvida. A experiência que compartilhou com Sara, o fez enxergar a verdade sobre seu relacionamento com sua noiva e conhecer pela primeira vez um amor puro e real. 

A liberdade e a beleza do lugar, a forma como se conectou com a natureza aberta, com a vida simples, o fez rever tudo.

Por isso o momento de sair da Ilha, foi decisivo e significou tudo. Abriu espaço para um dilema: o vínculo com Sara era forte o suficiente para sobreviver fora da Ilha, ou era válido apenas para aquelas circunstâncias? E principalmente, ele ainda era a mesma pessoa? Ele queria sua vida antiga de volta? 


"Não voltarei a seguir apenas o fluxo de uma vida acomodada, fazendo o que esperam que eu faça, vivendo de maneira que ditam para mim."

A cada dia a ilha se tornava mais distante, como se lá fosse sua casa e não aqui. A adaptação não foi fácil. Era como se não tivesse um lugar aqui para ele, como se não se encaixasse mais. A Ilha mudou tudo.

"A ilha significou um vislumbre de uma vida... e no fim se tornou seu refúgio, um lugar onde ele foi feliz e para onde sempre voltaria quando precisasse se sentir feliz novamente."


Em minha opinião, acredito que esse livro não irá agradar a todos. Eu só dei nota 3 para ele por conta do final, que o tornou como um todo uma boa leitura. Mas para aqueles que estão procurando uma dica apenas para passar o tempo no caminho de casa, pode se uma boa opção.



Essa foi a minha primeira experiência escrevendo uma resenha. Espero que tenham gostado.


Bjs.

Pri.






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Olá, tudo bem? Amei conhecer seu blog, já estou seguindo!
Amei a resenha, ainda não conhecia o livro

http://submersa-em-palavras.blogspot.com.br/

Oi, Pri!
Creio que poucos diálogos na história seria um ponto negativo na minha leitura. Mas pelo menos a reviravolta no final compensa.
Beijos
Balaio de Babados
Concorra ao livro Depois do Fim autografado

Gostei de mais, vc escreve muito bem. Fiquei com vontade de conhecer o livro, mesmo não sendo o meu estilo de leitura.
https://verdeveggie.blogspot.com.br

Oi! Esse livro parece com alguns filmes que vemos por aí. Gostei da premissa, só o fato de sentir falta da ilha que é estranho e fiquei curiosa sobre a noiva. Bjos ❤

Click Literário

Obrigado pelo carinho e capricho com essa bela resenha Priscila. Se o autor puder opinar sobre o livro, deixe-me saber. Em tempo, se for do seu interesse, posso enviar um livro para sorteio.
J. Rubberman

Talvez você sinta falta de um lugar que tenha dado sentido a sua vida. Talvez... ;)

Oi Joshua,
Antes de mais nada, é claro que pode opinar. Meu espaço é democrático, um lugar seguro para falarmos sobre livros e os assuntos que eles abordam. Seja bem-vindo! Obrigada pela sua participação. Fico tocada por você ter vindo aqui me conceder essa oportunidade de troca e agradeço seu elogio quando ainda estou iniciando nesse universo literário. Podemos conversar pelo e-mail: nastuaspaginas@gmail.com
Um abraço.
Priscila.

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